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Vila Flor investe 1,5 milhões de euros no Envelhecimento Ativo

04 Outubro 2024

Vila Flor investe 1,5 milhões de euros no Envelhecimento Ativo

O Município de Vila Flor criou uma unidade que organiza e agrega diversos projetos que têm como objetivo proporcionar um envelhecimento ativo, inclusivo e, sempre que possível, manter os idosos nas suas casas, no meio rural.

 

“Quando um idoso abandona uma aldeia, não é só ele que sai, é todo o conhecimento, experiências de vida, memórias, histórias”, afirma o presidente da Câmara Municipal de Vila Flor, Pedro Lima,  que criou no concelho uma unidade orgânica, que integra diversos projetos, num investimento global superior e 1,5 milhões.

Esta unidade pretende trabalhar de forma transversal, no sentido de  combater o isolamento dos idosos, reforçar-lhes a autonomia, valorizar o seu conhecimento, para que sintam que a sua existência continua a ser “útil e não fútil”.

Esta estratégia passa pela coordenação de equipas, no sentido de desenvolverem um trabalho complementar que dê respostas a diferentes níveis.

A autarquia já iniciou as obras de reabilitação do espaço onde funciona a  Universidade Sénior, um local de convívio para novas aprendizagens e muitas partilhas.

Adquiriu pulseiras eletrónicas SOS Idosos, que através das juntas de freguesia vão ser distribuídas pelos idosos em situação de maior isolamento. Carregando no botão os utilizadores podem pedir auxílio, em caso de necessidade, mas podem também falar com a equipa de técnicos de diferentes áreas, pedir aconselhamento psicológico, pedir apoio na segurança e tratar de outras questões que os possam afligir.

O CLDS é outra medida que tem como objetivo promover a inclusão social de grupos populacionais que revelem maiores níveis de fragilidade social num determinado território, mobilizando para o efeito a ação integrada de diversos agentes e recursos localmente disponíveis, constituindo-se como um instrumento de combate à exclusão social fortemente marcado por uma intervenção de proximidade realizada em parceria. “Trabalhamos muito o tema da inclusão, mais com as minorias, e esquecemo-nos que a nossa sociedade, muitas vezes, não tem uma postura inclusiva com os próprios idosos”, esclarece o autarca defendendo e  insistindo na necessidade de valorizar o conhecimento, o saber fazer e as experiências dos mais velhos.

Através do projeto Radar Social, outra medida a implementar pelo Município, uma equipa com especialistas em sociologia e psicologia vai fazer o Diagnóstico Social, identificando as necessidades e até as expectativas dos mais velhos, conhecer a sua localização e perceber em que medida é possível intervir para lhes proporcionar mais qualidade de vida e para os manter onde mais gostam de estar, nas suas casas, nas respetivas localidades.

Há ainda o projeto Aproximar, que tem como missão prestar apoio à pessoa idosa, nas dimensões biológica, psicológica e social. A equipa do Município que trabalha a questão do envelhecimento, atualmente constituída por técnicos de enfermagem, educação física e psicologia, vai ser reforçada com mais dois técnicos, incumbidos de desenvolver atividades em áreas essenciais, quer individualmente como em grupo, nas várias localidades do Concelho, com vista à promoção de um envelhecimento digno e saudável, que proporcione bons níveis de saúde, bem-estar, qualidade de vida e realização pessoal.

Esta estratégia foi apresentada por Pedro Lima na abertura do Congresso Internacional Envelhecimento Criativo, Participativo e Vida Ativa, a decorrer em Vila Flor. Este congresso internacional é promovido pela Associação para a Promoção e Divulgação Cultural – APDC, e conta com o apoio do Município de Vila Flor. “É um encontro de especialistas de referência nacional e internacional, que vem trazer ao nosso concelho, aos técnicos que trabalham no setor social e à comunidade, mais informação, conhecimento cientifico, casos práticos de sucesso, que nos podem ajudar a todos a dar uma resposta mais eficaz para conseguirmos promover um envelhecimento mais digno aos nossos idosos”, conclui o autarca sublinhando a importância de promover o debate e a reflexão em torno do envelhecimento, da importância da animação sociocultural como metodologia de intervenção social, cultural e educativa, no reconhecimento dos direitos dos mais velhos à igualdade de oportunidades e na abordagem de uma dimensão intergeracional que gere envolvência, partilha e valorização de saberes comunitários.

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